Tem dias que
- Paula Rossi
- 9 de mai. de 2024
- 1 min de leitura
O elevador já está parado no andar.
Meu rosto, exausto, reflete no espelho.
Tantas coisas gostaria de contar!
Suspiro e aperto o décimo primeiro.
Desde quando tenho olhos tão cansados?
E quando foi que o relógio ficou parado?
Já não me importam os coturnos molhados,
É como se o certo estivesse todo errado.
Terceiro, quarto, quinto andar.
Seja como for, o enfado vai passar.
Sétimo, oitavo, nono.
Talvez só o que eu precise, afinal, seja
De uma boa e longa noite de sono.